Intestino: O segundo cérebro e a relação com as nossas emoções
Não é de hoje que a ciência estuda a conexão do cérebro com nosso aparelho digestivo e qual a relação deste órgão com o bem estar psíquico do ser humano. Ansiedade, raiva, nervosismo, ira e tristeza podem ter origem no intestino, classificado como segundo cérebro pelos especialistas. Fato, explicado inclusive, pelo termo “fulano está muito ENFEZADO hoje”, já que, ter preocupação excessiva diminui a circulação do QI do pulmão para o intestino, o que retém as fezes e altera o humor gerando ainda mais raiva.
Segundo Dra. Andréa Ladislau, psicanalista, o nosso corpo é mágico e as sensações emocionais, sem sombra de dúvidas, se refletem diretamente no sistema biológico. Visto que, um corpo só funciona 100% se o intestino estiver bem cuidado. "Quando este órgão está com seu funcionamento em desequilibro ou inflamado, são percebidos diversos transtornos emocionais, como desajuste de humor e até mesmo o tão famoso déficit de atenção. E em , casos mais graves, são detectados sintomas intensos de depressão", diz.
O intestino humano abriga, de forma natural, microbitas, micróbios que exercem influência no cérebro, modulando emoções e comportamentos. A explicação para a interferência está relacionada às substâncias químicas que estes liberam. Eles possuem a capacidade de atravessar a barreira de defesa do cérebro, modificando o funcionamento das células nervosas. Fazendo com que o sistema emocional entre em desequilíbrio. Mas, essa ação química não é a única responsável por essas alterações.
Já se sabe que, os micróbios intestinais conseguem modificar a atividade da inervação do sistema gastrointestinal e, desse modo, levam informações por via elétrica ao cérebro. As consequências são possíveis ataques de fúria, tristeza profunda, alterações de humor, apatia, desânimo, dores de cabeça e depressão.
Algumas terapias foram desenvolvidas para mudar essa biota, através de probióticos que reduzem os sintomas de depressão e provocam alteração emocional. Os probióticos são as bactérias do bem que atuam diretamente no sistema nervoso central e são responsáveis pela
produção de neurotransmissores, como serotonina e dopamina.
Hormônios benéficos que atuam nas emoções, no comportamento e na imunidade, proporcionando ao indivíduo uma rotina mais saudável, estabilizando a regulação intestinal e evitando o surgimento de transtornos mentais.
Porém, os probióticos não atuam sozinhos, a associação destes à uma mudança alimentar e a frequência na terapia, pode promover o autoconhecimento e um melhor gerenciamento das emoções, que é fundamental para o sucesso do tratamento. Além disso, a ação anti-inflamatória favorece a digestão, reduz o estresse, melhora a qualidade do sono, reduz a ansiedade, diminui a tristeza e elimina a raiva.
Enfim, mais que um órgão de digestão, absorção e transporte de nutrientes, o intestino é considerado um órgão pensante com cerca de 500 milhões de células nervosas, sendo responsável pela regulação de várias funções em nosso organismo.
"A importante relação entre os dois órgãos, cérebro e intestino, só reforça a necessidades de se manter hábitos de vida saudáveis, terapia e uma alimentação diversificada e equilibrada, como forma de manter o bom funcionamento do nosso organismo, bem como prevenir diversas doenças. Cuidar das emoções e ter ferramentas para o gerenciamento da ansiedade e do estresse é fundamental para a melhora do intestino e promoção do equilíbrio emocional", explica Dra. Andréa Ladislau.
PER VIVERE BENE
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